La La Land: O musical que mescla o sonho clássico e contemporâneo Hollywoodiano
By Isabella Jarrusso - quinta-feira, janeiro 26, 2017
Por
Isabella Jarrusso
Dirigido
e escrito por Damien Chazelle, o musical La
La Land (2016) marca mais um novo clássico. O desafio desse filme é
transmitir para o público como os musicais ainda têm o seu valor, e claro,
mostrar como Chazelle consegue viajar por gêneros cinematográficos, mas de
algum jeito, com aquele pé na música, como fez com o seu primeiro sucesso, Whiplash
(2014).
La
La Land transmite através da música, a alma de seus personagens, mas diferente
do que pensa ao assistir, não existem tantas canções ao decorrer do filme, é uma
medida certa de cantorias, que até agradaria aqueles mais relutantes com o gênero.
Mas não deixa de ter ótimos números de danças e jazz instrumental.
A
história se passa em Los Angeles, contada através das estações de ano, como se
fossem os capítulos e o tempo da narrativa. Os protagonista são dois
sonhadores, o pianista de jazz Sebastian(Ryan
Gosling), que trabalha tocando musica natalina (que ele odeia) num restaurante,
e uma atriz Mia (Emma Stone) que trabalha como barista na Warner Bros. enquanto
faz seus testes de casting. Os dois acabam se conhecendo e se apaixonando. Em
busca de oportunidades para as suas carreiras na competitiva cidade que
transpira sonhos com sucesso, os jovens artistas tentam fazer o relacionamento
amoroso dar certo enquanto perseguem seus objetivos. O filme reflete sobre a
busca dos sonhos em Hollywood, algo que podem passar décadas, mas nunca mudará.
A cena
de abertura é um enorme engarrafamento numa rodovia em direção a Los Angeles.
Com carros de várias cores possíveis. Aos poucos, os jovens deixam os seus veículos,
e começam a cantar e dançar em volta de carros, uma sequência lindíssima de
poucos cortes. Somos apresentados aos sonhadores que querem conquistar naquela
cidade a fama e o sucesso eterno.
Emma
Stone surpreende com a atuação, que talvez seja a mais notável até agora.
Existe uma boa química entre ela e Ryan Gosling. O interessante que na questão
do canto, os dois têm vozes simples e charmosas. Mas as cenas de danças são
grandiosas, voamos juntos para as estrelas, como na cena do casal dançando no
planetário.
Sebastian
tem um enorme fascínio com os músicos de jazz das antigas, ele se espelha nos
discos e nas histórias de seus ídolos, o jazz é uma religião para ele. O mesmo
acontece com Mia, seu fascínio pelo cinema veio através de sua tia (também
atriz), aquela que a converteu para esse mundo de fantasia. Ela se inspira como
as clássicas atrizes, a prova disso é o enorme pôster de Ingrid Bergman, que
ela expõe na parede de seu quarto. Esses elementos mostram como os artistas antigos
são uma espécie de deuses em La La Land.
A
atmosfera é transmitida por elementos de uma antiga Hollywood, com os figurinos
elegantes, uma fotografia absurdamente colorida que lembra uma cidade da década
de 1950. Além de uma recheada referência de obras clássicas do cinema e música,
que estão presentes através de pôsteres, discos, objetos e lembranças. Desse
jeito, se mistura com a Hollywood contemporânea, os novos artistas que procuram
se eternizar para as próximas gerações.
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