Quando observo alguma obra expressionista de Vicent
Van Gogh, fico imaginando tudo que aquela pintura quer dizer, principalmente o
famoso quadro “Noite Estrelada”. Me pego imaginando toda uma história, por trás
daquelas desajeitadas e misteriosas pinceladas, representando
o olhar do artista sobre o mundo. Mas quando o expressionismo se torna
um movimento, tudo fica mais interessante.
O cinema expressionista alemão foi o momento em que
vimos à realidade em forma fantasiosa. Os filmes expressionistas são obscuros, com grande uso de penumbra, ou seja, as sombras. Não é um mundo fantasioso, como nos
filmes de George Méliès, mas de um mundo, certamente horrorizante e exagerado. Digo
exagerado, pela as marcantes cenas de expressões corporais, as maquiagens fortes
e os cenários deformados, que parecem ter saído das pinturas expressionistas.
Os filmes além de mostrar a realidade, também mostram
o sobrenatural. Como Nosferatu (1922), sobre um vampiro que se apaixona
por uma humana, Ellen e traz o terror à cidade dela, Wisborg. Seria
a historia de Drácula, mas com outro nome, (problemas com direitos autorais,
claro). Além de o filme ser um marco para o cinema expressionista, foi esse que
ajudou a moldar o gênero terror, principalmente pelo visual e caráter perturbador
do vampiro.
Outro exemplo, o grandioso e creio que mais
importante desse movimento artístico, O Gabinete do Dr. Caligari (1920), mais um que moldou o gênero suspense e
terror, principalmente pelo o uso de penumbra, deixando tudo mais assustador. O
filme que compõe cenários com ruas estreitas, objetos e prédios deformados,
serve de grande influência estética cinematográfica. A história que contém o gótico
sonâmbulo Cesare, um dos celebres personagens do filme, por representar bem as
principais características ditas, sobre o expressionismo alemão.
Além do terror, esse movimento artístico também
apresentou a ficção cientifica, com Metrópolis (1927). Esse gênero já
iniciado por Méliès, em A Viagem a Lua (1902), considerado o
primeiro filme de ficção cientifica. O que difere da obra de Méliès, é que Metrópolis
mostra uma temática à frente do seu tempo,
pois o enredo é ambientado em uma grande cidade no século XXI, que contém a
criação de um androide e a difícil vide de operários, que são escravizados pelas
máquinas. Um filme que mostra uma preocupação crítica com a mecanização da vida
industrial, questionando a importância e valorização perdido do sentimento
humano pelo o outro. Um tema bastante atual e que de certo modo vivemos.
Com esses exemplos de filmes, conclui-se
a importância cinematográfica do movimento expressionista alemão. São filmes
marcantes, que ainda fazem os amantes de cinema delirar por essa época, em que
propuseram a mostrar, essa “realidade-fantasiosa” para o mundo e criaram influencias para o cinema das décadas seguintes.
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