A Manchester punk

By Isabella Jarrusso - sexta-feira, outubro 31, 2014

Cena punk britânica é retratada em filme dos anos 90

Com direção de Michael Winterbottom, o filme “A Festa Nunca Termina” de 2002 é uma proposta interessante para entrar no mundo dos anos 70 na cidade de Manchester, na Inglaterra e descobrir o movimento punk e pós-punk, que aconteceu por lá e que tornou possível que surgissem grandes e eternas bandas até hoje.

O foco do longa-metragem é o produtor e apresentador Tony Wilson (Steve Coogan), que fala de bandas com as quais trabalhou, como se fosse um documentário e que são importantes para o movimento; e do fato de ter aproveitado esse momento da música, fundando as conhecidas casas noturnas Factory e Hacienda; e gravado com bandas renomadas como Joy Divison, New Order e Happy Mondays.


Uma das partes mais interessantes é formada por arquivos de apresentações reais ao vivo de bandas como Sex Pistols, Joy Divison, The Clash, Siouxsie & the Bashees e The Jam. Infelizmente só citada pelo personagem, mas muito importante nessa época, a banda The Smiths.




A banda que tem mais destaque é Joy Divison, da qual Tony Wilson foi produtor. O interessante é que mostra um pouco da história da banda, o seu começo e fim prematuro, provocado pelo suicídio do vocalista Ian Curtis, aos 23 anos. A morte de Ian foi mais realista e verdadeira nesse filme do que na cinebiografia do cantor, “Control”.

Em “A Festa Nunca Termina”, Ian Curtis se suicida depois de assistir um de seus filmes favoritos, o alemão “Stroszek”, de Werner Herzog. Já em “Control”, o diretor Anton Corbijn descarta essa parte. Esse fato é, de certa forma, importante, já que se trata da história dele (mesmo assim, o filme é maravilhoso). Depois da morte de Ian, nasce o New Order formado pelos integrantes do Joy Divison e que Tony Wilson também produz.

Um dos momentos mais sensacionais e importantes do filme é a história que Tony conta sobre a banda de punk Sex Pistols em junho de 1976. Os jovens músicos fizeram um show em Manchester testemunhado apenas por Tony e 42 pessoas. Ele diz que, mesmo o show sendo um fracasso por não ter público, tornou-se um marco para a história do punk.
Por Isabella Jarrusso

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