E se ela ficar?

By Isabella Jarrusso - quarta-feira, setembro 17, 2014

           
Desde o momento que soube sobre o filme If I Stay (2014), me surgiu uma certa dúvida se realmente queria conferir ao filme, pois de um lado achei pelo trailer a história meio repetitiva, me fazendo lembrar do drama Just Like Heaven (2004), com toda aquela história de ‘entre a vida e a morte’ da protagonista, mas por outro lado fiquei curiosa pelo o fato de ter a jovem talentosa, Chloë Grace Moretz no elenco principal. Então, preferi assistir logo ao filme e tirar minhas próprias conclusões. Não me arrependi, mas também não foi um filme marcante.

Baseado em um best-seller, a historia da tímida garota de 17 anos, Mia Hall (Chloë Grace Moretz ), uma musicista que se dedica inteiramente em tocar seu violoncelo, para conseguir uma vaga na renomada universidade Julliard. Mas quando se apaixona pelo roqueiro, Adam (Jamie Blackley) ela sofre esse conflito entre a carreira e o amor. Mas o conflito fica muito maior, quando Mia e sua família sofrem um grave acidente de carro e a jovem perde a família inteira, enquanto ela acaba entrando em coma. Tendo assim uma experiência ‘fora-do-corpo’ enquanto observa amigos e familiares se reunindo no hospital e ela refletindo se deve lutar ou não para sobreviver.


O filme é um paralelo entre momentos de flashbacks, que nos faz conhecer mais da vida de Mia e as cenas da personagem andando pelo os corredores do Hospital, enquanto seu corpo continua em coma. Sendo um filme romance drama, a maioria de suas cenas na parte de flashbacks é protagonizado pelo o casal adolescente, Mia e Adam, mostrando o começo do relacionamento e os seus problemas, as cenas são bem recheadas com aqueles típicos diálogos e gestos românticos. 

E já falando em típicos diálogos, o que me incomodou foi as constantes cenas da enfermeira sussurrando para a personagem em estado de coma  “Querida, nós já fizemos de tudo, agora se você vai viver ou morrer, só depende de você.” Mesmo que no contexto do filme, a menina precisava de uma certa “força” de alguém para sobreviver, achei bem piegas e sem originalidade, para ser sincera.
              
O que gostei muito, foram as cenas com os pais roqueiros da garota, sua mãe Kat Hall (Mireille Enos) e seu pai Denny Hall (Joshua Leonard), tem as melhores cenas e frases de todo o filme, além da grande química dos dois atores. Acho que por esse motivo, a morte desses personagens foi tão sentida. Eles foram personagens impactantes, que conseguiram conquistar com poucas aparições, principalmente quando o assunto era sobre os tempos loucos de quando Denny era baterista de uma banda de rock e Kat ia aos shows do marido com Mia ainda criança, eles passam a imagem de pais descolados e caretas ao mesmo tempo e isso fez momentos ótimos para o filme.  



O interessante que Mia não puxou tanto os pais no quesito musical, ela prefere ouvir a Ludwig Van Beethoven, enquanto ao Teddy (Jakob Davies) seu irmão mais novo, era um pequeno roqueiro como os pais. A morte do irmão também foi uma morte bem triste por motivos de ser uma criança e ser uma criança que gostava de Iggy Pop...

É um filme cheio de clichês, momentos feitos para chorar, mas com um humor pra não ficar tão pesado. Jamie Blackley mostrou seus outros talentos, como o canto, uma voz muito boa -dá até para seguir carreira musical- e é um bom elenco.


Por Isabella Jarrusso - 17/09/14

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