O amor de “A Culpa é das Estrelas”

By Isabella Jarrusso - segunda-feira, junho 09, 2014


Contém Spoilers

O best-seller de 2012, A Culpa é Das Estrelas, já havia conquistado milhares de pessoas, com a ótima escrita de John Green e o modelo de história romântica, digamos bem shakespeariana. Há sim um grande preconceito ao redor da história, por ser declarada mais um clichê romântico, mas não julgue e não vá pela opinião de quem só lê os denominados “livros bons”.  

É a história de Hazel Grace (Shailene Woodley), uma adolescente de 16 anos, que descobre ter câncer aos 13 anos e precisa conviver com essa doença até o fim de sua vida, usando um aparelho para conseguir respirar. Até que um dia ela conhece o jovem Augustus Water (Ansel Elgort), em um grupo de apoio para pacientes com câncer. Assim começa a história  de amor sobre esses jovens, que sofrem com o destino sem mudanças de quem passa por essa doença, que já nos faz pensar na morte como única opção.

A Culpa é Das Estrelas (2014), está em cartaz no mundo inteiro e eu fui conferir o filme torcendo para que valesse a pena como o livro e fiquei feliz que a adaptação para o cinema está impecável. Um exemplo de boa adaptação de uma história de drama com adolescentes, é o maravilhoso As Vantagens de Ser Invisível (2012).



O que impressiona também é a química dos atores Shailene Woodley e Ansel Elgort, que parecem mesmo ter uma grande amizade e apaixonados um pelo outro. São dois talentos que contribuíram, para que o filme não fosse mais uma historinha romântica de adolescentes. O drama dos personagens e o amor tratado de forma madura, equilibrada com cenas românticas, engraçadas, emocionantes, com diálogos inteligentes, como a metáfora do cigarro e o discurso fúnebre de Hazel para Augustus, mostra o filme de uma maneira diferente.

O que faz mesmo a história emocionante é a trajetória desses jovens que sabemos não ter tanto tempo de vida por causa do câncer, como dito no filme "Alguns infinitos são maiores que outrose a surpresa que temos quando Gus, que era o mais saudável dos dois, acaba piorando. O sofrimento de amor da personagem Hazel, nos faz lembrar também que ela pode morrer mais cedo ou mais tarde. A trama acaba com ela viva, mas será que continuará viva?

 É como o livro fictício “Uma Aflição Imperial” no qual Hazel tanto ama, o final acaba com a morte da menina Anna, mas Hazel fica na dúvida com o que acontecerá com os outros personagens do livro. É tudo um grande mistério, o mesmo que nos faz pensar no que poderá acontecer com o futuro de Hazel. Tanto o livro quanto o filme nos faz sentir o que é ou poderia ser a nossa realidade.


Por Isabella Jarrusso - 09/06/2014

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