Entrevista exclusiva com Bande Dessinée!
By Isabella Jarrusso - sexta-feira, junho 13, 2014
Bande Dessinée é uma banda de Recife e é formada
por seis integrantes que são: Clarice Mendes
(voz); Thiago Suruagy (bateria); Miguel
Mendes (contrabaixo); Marcio Oliveira (trompete); Filipe Barros (guitarra e
voz) e Ed Staudinger (teclado).
Unidos eles tocam e cantam “Sons do mundo diretamente de Recife” (como eles descrevem em suas redes sociais). O estilo de suas músicas é inspirado em canções pop francesas dos anos 60 e 70, mas de uma maneira bem original. Além de músicas em francês, também cantam em italiano e claro o nosso português.
Em 2011 eles gravaram seu primeiro disco “Sinée Qua Non” e agora eles voltam com o segundo álbum em produção já com o nome “Chanteclair”, que conta com uma nova vocalista que já podemos ouvir sua voz pela primeira vez com o single “Perdizes”.
Unidos eles tocam e cantam “Sons do mundo diretamente de Recife” (como eles descrevem em suas redes sociais). O estilo de suas músicas é inspirado em canções pop francesas dos anos 60 e 70, mas de uma maneira bem original. Além de músicas em francês, também cantam em italiano e claro o nosso português.
Em 2011 eles gravaram seu primeiro disco “Sinée Qua Non” e agora eles voltam com o segundo álbum em produção já com o nome “Chanteclair”, que conta com uma nova vocalista que já podemos ouvir sua voz pela primeira vez com o single “Perdizes”.
Uma semana atrás entrei
em contato com a Bande Dessinée, pedindo uma pequena entrevista para o blog com
os alguns integrantes da banda e tive a resposta de Filipe Barros, de um simpático sim. E agora confira a entrevista
exclusiva, feita por e-mail com os integrantes Clarice Mendes e Thiago Suruagy.
Bom antes de tudo a banda é
incrível! A primeira coisa que pergunto é o porquê
do nome "Bande Dessinée"?
Clarice - O nome da bande tem
origem francesa e significa "banda desenhada" que é história em
quadrinhos em francês. O nome mostra um pouco da perspectiva cosmopolita do som
da banda, uma banda onde várias linhas e desenhos se juntam e cria uma história
em conjunto, característica marcante da nossa dinâmica de grupo, já que somos
6, é impossível não ser uma grande mistura!
Como surgiu essa ideia de cantar músicas
francesas e qual a inspiração de vocês?
Thiago Suruagy - Na verdade nosso interesse sempre foi pela sonoridade da música pop que eram produzidas na França, por France Gall, Serge Gainsbourg e Brigitte Bardot, nas décadas de 60 e 70. Esse interesse surgiu em meados de 2006, quando um amigo nosso Raul Luna, nos apresentou um CD com as principais músicas da carreira de France Gall. Não conseguíamos parar de escutar aquelas músicas! Então, fomos garimpar novas músicas dela, compositores, músicos e artistas envolvidos. Como na época não ouvíamos essas músicas tocarem em canto nenhum e achávamos bem original, resolvemos formar uma banda pra tocar as músicas que mais gostávamos e foi aí que em 2007 fizemos o primeiro show de releituras dessas músicas. Para nossa surpresa muita gente foi conferir o show. A partir daí começamos a tocar bastante em Recife, e chegamos até a ir para São Paulo com esse repertório.
Em 2009,
começaram a surgir as primeiras composições de Filipe e fomos
mesclando o repertório entre releituras e autorais, até que lançamos
nosso primeiro disco, Sinée Qua Non,
em 2011. Consideramos que foi a partir daí que nossa carreira começou a existir
de fato e desde então muito oportunidade boa tem surgido para nossas músicas
chegarem a mais e mais pessoas pelo mundo a fora.
O single novo
"Perdizes", tem conquistado o Brasil inteiro com sua batida boa de
ouvir e com a linda voz de Clarice Mendes. Como foi o processo de criação da música?
Thiago Suruagy - Perdizes é a primeira música
que divulgamos do nosso segundo disco, Chanteclair, que está em fase de
pré-produção e deve ser lançado no início do próximo ano.
Essa
música representa um marco para a Dessinée, porque foi o primeiro registro
oficial com a voz de Clarice e com a banda produzindo uma sonoridade ainda mais
pop, dançante, com o pé na influência sessentista da música francesa e a
mente na música contemporânea brasileira.
Por
incrível que pareça, Perdizes foi composta antes do Sinée Qua Non ser
gravado, mas ela não foi escalada para compor o disco. A primeira versão de
Perdizes foi gravada, em 2010, como trilha do filme Minha Alma é Irmão de Deus, de Luci Alcântara, baseada na obra de Raimundo Carneiro.
Só ano passado, quando estávamos escolhendo as primeiras músicas a serem trabalhadas para o segundo disco, que a redescobrimos e resolvemos fazer uma versão, com novo arranjo, sonoridade e vocal. Pra nos ajudar a produzir essa música, convidamos Patrick Tor4, diretor artístico, Leonardo Domingues, produtor musical, e o clipe ficaram sob a responsabilidade de William Paiva.
Só ano passado, quando estávamos escolhendo as primeiras músicas a serem trabalhadas para o segundo disco, que a redescobrimos e resolvemos fazer uma versão, com novo arranjo, sonoridade e vocal. Pra nos ajudar a produzir essa música, convidamos Patrick Tor4, diretor artístico, Leonardo Domingues, produtor musical, e o clipe ficaram sob a responsabilidade de William Paiva.
É
engraçado quando você diz que esta conquistando o Brasil inteiro, porque
realmente estamos sentindo isso. Todo dia nos chega notícia de que Perdizes está tocando na rádio X, que a
pessoa entrou na loja e estava tocando, além de estar passando diariamente na
programação da MTV e do BIS, isso tem contribuído bastante para que nosso
som circule.
Falando em Clarice Mendes, como
ela foi escolhida para ser a nova vocalista da “Bande Dessinée”?
Clarice Mendes - Eu já acompanhava a banda desde
cedo quando Miguel (baixista e irmão) entrou na banda em 2010. Eu sempre estive
presente acompanhando o crescimento da banda e conhecia as letras, o que já
facilitou quando entrei, porque já havia uma familiaridade com o som da banda,
e ela tinha uma proximidade com a língua francesa que ajudou bastante também na
adaptação.
Acho que
estávamos todos em um momento de certa conexão de ideias, o que aproximou muito
a todos e nos fez crescer mais enquanto grupo.
A Banda já tem um disco lançado
em 2011 o ‘Sinée Qua Non’ e agora está chegando um novo álbum! Conte um pouco
como vai ser esse novo passo da banda, quais as expectativas para esse ano e o
que esperar das novas músicas?
Thiago Suruagy - Agora é foco total na
gravação do Chanteclair. Estamos com
quase todas as músicas prontas e já começamos a testar algumas nos shows.
Estamos muito felizes com o resultado dessas novas músicas, e a repercussão do
público nos deixa ainda mais confiantes de que estamos no caminho certo.
Começamos a trabalhar nesse disco no final do ano passado e desde o começo o
processo de composição foi bem diferente do primeiro, porque foi um período em
todos os integrantes da banda estavam muito próximos, numa sequência de viagens
para divulgar o Sinée Qua Non pelo
Brasil. Isso fez com que todos dessem sua contribuição na letra, melodia,
arranjo, sonoridade e que cada um se sentisse também compositor e responsável
pelo resultado final.
Clarice Mendes - O nosso novo álbum vai se
chamar Chanteclair e dialoga bastante
com a cidade do Recife, com a relação recifense de ser, em um espaço de muito
amor e pouco cuidado. Tem um pouco também de uma perspectiva feminina sobre o
mundo, onde algumas letras falam sobre o empoderamento feminino diante da
sociedade. Diante disso tudo, de letras fortes, as melodias são sinceras e dão
força pra se dançar num ritmo massa e agradável, que é o jeito recifense de
ser. O disco tá bem a cara da banda nesse momento, de todos juntos, já
que nos reunimos para criar e agregar nas criações que todos trazem. Tem sido
um processo de grande colaboração e afeto, entre a banda, a música e cada um de
nós. Com certeza Chanteclair tem
muito a dizer.
Fico
grata pela entrevista e viva a Bande Dessinée!
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Por Isabella Jarrusso - 13/06/2014
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